Um ataque à carreata em que estavam o presidente Lula, a primeira-dama Janja, e os candidatos a prefeito Guilherme Boulos e Marta Suplicy causou confusão na rua Augusta.
Objetos foram atirados do sexto andar de um prédio, colocando em risco quem estava na rua, de acordo com testemunhas.
Ao menos duas pessoas foram atingidas.
Uma delas, Adriana Maria da Silva, que é de Maceió mas está morando na Zona Leste de São Paulo, chorou ao reclamar de fortes dores nas costas.
Uma segunda mulher mostrou marcas de ovo na blusa.
De acordo com o grupo que fez a denúncia, quem atirou os objetos fez uma filmagem — aparentemente para postar nas redes sociais.
O porteiro do prédio, que não se identificou, disse à Fórum que deplorava o incidente, uma vez que atirar qualquer objeto do sexto andar de um edifício — e acertar, por exemplo, a cabeça de uma pessoa, pode provocar ferimentos graves.
Uma moradora, identificada como a atiradora dos objetos, desceu de seu apartamento e negou envolvimento.
Ela foi confrontada pelo grupo que estava na carreata: “Nós vimos que era alguém com blusa roxa”, disse uma das mulheres.
(..) “Respeita a democracia! A gente não estava invadindo prédio não. Tava passando sossegada [ao lado da carreata]”, é possível ouvir no vídeo gravado pela Fórum.
Provocações
A carreata de Lula foi acompanhada por um cordão de isolamento providenciado pela própria campanha.
O presidente cumprimentou apoiadores que se aproximavam.
Assessores insistiam em manter o carro que levava Lula o tempo todo em movimento, possivelmente para evitar um alvo fácil.
A segurança de Lula, supostamente garantida pela Polícia Federal, foi caótica.
Apesar da confusão, uma agente da PF dedicou-se especialmente a impedir que a menina Tamires, de 11 anos, se aproximasse de Lula para tirar uma foto.
Ela vigiou a criança de perto.
A família de Tamires veio da União de Vila Nova, na zona Leste de São Paulo, para dar seu apoio a Boulos.
É uma longa viagem até a avenida Paulista.
A mãe da menina ficou frustrada, pois o sonho de Tamires desde criança é tirar uma foto com Lula.
A certa altura da carreata, Lula tirou uma foto com o filho de um apoiador — só que desta vez sob as lentes do fotógrafo oficial Ricardo Stuckert.
Policiais, em geral, mostram má vontade com campanhas à esquerda.
Na quinta-feira, enquanto o debate entre candidatos acontecia nos estúdios da Globo, policiais militares de São Paulo mantinham petistas dentro de seu cercadinho, enquanto permitiam livre movimento a apoiadores de Pablo Marçal.
Carteira de trabalho
Na rua Augusta, ao menos um eleitor de Pablo Marçal, de uma janela, tentou mostrar uma carteira de trabalho a Guilherme Boulos, gravando vídeo para tentar lacrar nas redes sociais.
A candidata a vice Marta Suplicy notou e mandou um beijo ao jovem.
A Fórum tentou ouvir o candidato Guilherme Boulos sobre as provocações.
Porém, sob a alegação de que faltava o credenciamento adequado, a assessoria do candidato impediu a Fórum de ouví-lo antes e depois da carreata, assim como ao presidente Lula.
*** Informações com 
Revista Forum
** Postagem: Virginia Aragão Soares
(Direto da Redação do Aconteceu Ipu)
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