Quase 20 dias após o Twitter ser bloqueado no Brasil, alguns usuários comemoraram a volta da rede social, entre eles esta colunista que vos escreve. Na manhã desta quarta-feira (18/9), parte dos internautas relataram que conseguiram acessar seus perfis no microblog normalmente. Outros, por sua vez, ainda não tiveram essa oportunidade.
Na rede social, internautas festejaram a novidade: “O Twitter voltou, rapaziada”, afirmou um. “O meu twitter está vivo”, escreveu outra. Até Sabrina Sato conseguiu acessar seu perfil: “Voltamossss! Bom diaaaa”, postou ela.
Apesar da volta, muitas pessoas ainda não conseguiram retornar ao aplicativo e quem voltou está percebendo lentidão ao clicar em links e postar imagens. Nos famosos assuntos mais comentados do microblog, o termo “o Twitter voltou” está em primeiro lugar. Na segunda colocação vem o nome da nova rede social, Bluesky, que ganhou os internautas brasileiros após o fim do Twitter.
Bloqueio de contas
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a transferência de R$ 18,35 milhões bloqueados em contas da empresa X Brasil Internet (R$ 7.282.135,14) e da Starlink Brazil Serviços de Internet (R$ 11.067.864,86) para as contas da União. As empresas têm como controlador o bilionário Elon Musk.
O bloqueio das contas ocorreu porque o ministro considerou a responsabilidade solidária entre as empresas X Brasil Internet Ltda, Starlink Brazil Holding Ltda e Starlink Brazil Serviços de Internet Ltda, do bilionário Elon Lusk, para pagamento das multas.
Com o pagamento integral do valor devido, o ministro considerou que não havia mais necessidade de manter as contas bloqueadas e ordenou o desbloqueio imediato das contas bancárias/ativos financeiros, veículos automotores e bens imóveis das referidas empresas.
A decisão de encerrar o Twitter
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão imediata, completa e integral do funcionamento do X (antigo Twitter) no Brasil, no fim de agosto. A decisão vale até que todas as ordens judiciais proferidas pela Corte sejam cumpridas, e as multas, pagas. Além disso, deve ser indicado representante legal da plataforma no Brasil.
Antes de tomar a decisão, Moraes acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR), que deu parecer favorável ao bloqueio. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, ressaltou que o X poderia ter recorrido, mas optou por desprezar as determinações da mais alta Corte do país.
O início do bloqueio
No dia 30 de agosto, os usuários do Twitter começaram a perceber instabilidades na rede social e até a interrupção do acesso, em alguns casos. Após informar em suas redes sociais que cumpriria a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de bloquear o X no Brasil para seus usuários, a Starlink, empresa de internet via satélite de propriedade de Elon Musk, obedeceu. Em documento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), enviado ao Supremo, a empresa informa a efetividade da medida.
Segundo o comunicado, partir das 18h06 de quarta-feira (4/9), a Starlink bloqueou seus 224.458 acessos no país todo, que correspondem somente a 0,5% do total de acessos de Serviços de Comunicação Multimídia (SCM), que são aqueles via computador. Sobre o SMP (Serviço Móvel Pessoal), que permite os acessos por celular, a Starlink disse que não tem esse serviço.
*** Informações com :arrow: Metrópoles